domingo, 1 de dezembro de 2013

A COZINHA DAS BRUXAS - receitas diabólicas (2)

As plantas mágicas usadas pelas bruxas na elaboração dos unguentos são ricas em alcaloides com actividade alucinógena. Esta riqueza química provém de um solo também ele rico em nitratos e sais de amoníaco.
Uma das recomendações que as bruxas transmitiam às iniciadas era que recolhessem essas plantas nos cemitérios, locais sombrios,  com solos ricos em matéria orgânica e carregados de compostos azotados e, sobretudo, que o fizessem ao entardecer. 
Acreditava-se que esta recomendação sobre a hora ideal para a recolha de plantas teria a ver com a necessidade destas mulheres se esconderem de olhares acusadores sempre prontos a denuncia-las. Talvez existisse, sim, essa preocupação, mas a razão mais forte prendia-se com o facto de a essa hora do dia as plantas terem maior quantidade de princípios activos. Por efeito da luz solar a concentração de alcalóides era máxima ao cair da noite.
Beladona
Uma das plantas usadas - entre outras - era a Beladona (Atropa belladona) ou seja, "Bela dama" ou "Bela senhora". Na corte de Luis XIV - o Rei-Sol - era usado o extracto de Beladona para dilatar a pupila ocular das senhoras, sinal de grande beleza feminina. Os extractos desta planta produzem uma grande excitação, visão turva, fúria e violência. O sistema nervoso fica afectado a tal ponto que a pessoa perde o controle. Alterna momentos de fúria com riso descontrolado. Sofre um incontrolável desejo sexual. O envenenamento com esta planta é dos mais perigosos que se conhecem: bastam 0,1 gramas para provocar a morte.
Flor de Beladona
Numa postagem anterior sobre este tema, referi que as bruxas, quando se submetiam aos 
efeitos das poções mágicas elaboradas com os extractos desta  plantas afirmavam ter participado em orgias sexuais com o diabo. Pois bem, a desejo sexual é induzido pelos constituintes desta planta. A associação desta com outras espécies vegetais, geralmente da família das Solanácias, provoca um conjunto de alucinações que incluem a sensação de voar, de leveza, de visões de cores magníficas... e também, eventualmente, a morte.
Diz uma antiga lenda que esta planta é a preferida de Satanás, razão pela qual a sua ingestão provoca, invariavelmente, a morte. É uma planta que prefere locais sombrios, escuros, até. Daí se perceba o seu nome na língua inglesa: "Deadly Nightshead", qualquer coisa como "Sombra Mortal"...

sábado, 9 de novembro de 2013

LEMBRAR O TEMPO...



Lembrar o tempo em que tu nasceste. Há 31 anos!
Lembrar o tempo em que te dava banho e mudava a fralda.
Te dava o leite no biberon, por que era assim que tu querias! (pequeno ditador…)
E me obrigavas: Pai Jão… canta o Ai Ai! E eu… cantava, encabulado: “Ai Ai Ai minha machadinha… quem te pôs a mão sabendo que és minha?” Fosse em frente de quem quer que fosse…

E te punha às cavalitas e caminhávamos pela praia. Parando de quando em vez para construirmos castelos na areia. 
Na areia? Não… na rocha! Porque eles perduram até hoje…

E chegavas cansado a casa e eu te embalava cantando baixinho: 

"O meu menino é d'oiro
É d'oiro fino
Não façam caso que é pequenino
O meu menino é d'oiro
D'oiro fagueiro
Hei-de levá-lo no meu veleiro.
Venham aves do céu
Pousar de mansinho
Por sobre os ombros do meu menino
Do meu menino, do meu menino
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó!"

Lembrar os belos piqueniques que fazíamos… tu montado num “jeep” de plástico e eu a puxá-lo com um cordel… que não davas aos pedais (sacana…)

E tu eras o “Indio Soneirinha” que estava doente na sua tenda e eu o médico que te ia tratar: Toc toc toc! Batia eu à porta e tu perguntavas: "É o dotoio? Pode entaia!... Pai jão? Coio! (colo…)"

E tu cresceste… cresceste… e te foste tornando um homem. Cada vez mais…

E é por seres quem és, um HOMEM! Que te amo e de admiro!

Hoje é o teu dia especial, porque também tu és especial

PARABÉNS MEU FILHO!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A COZINHA DAS BRUXAS - Unguentos Satânicos.

Desde sempre a nas mais diversas civilizações, o imaginário popular ancestral foi povoado pelo estériotipo da figura da Bruxa voando a cavalgar uma vassoura.
Mas as Bruxas, realmente, voavam?
Esta é uma pergunta que, hoje, talvez nos faça sorrir, tão óbvia, parece-nos, a resposta. No entanto, à época, fez correr rios de tinta. Havia quem acreditasse, piamente, que as Bruxas voavam. Os mais cépticos defendiam que o alegado poder de voar, atribuído a estas mulheres, mais não era que estados hipnóticos induzidos pelas poções diabólicas preparadas e ingeridas por elas.
Um especialista naturalista do século XVI, Giambatista della Porta, decidiu fazer a experiência preparando e aplicando em si próprio as tais poções diabólicas e concluiu que esses unguentos mágicos induziam um sono profundo, povoado de alucinações, nas quais ele acreditou ser possível voar por longas distâncias e participar em orgias demoníacas, que descreveu com toda a riqueza de pormenores.
Também se sabe de um caso em que uma Bruxa, surpreendida e amarrada à cama e vigiada a noite toda, logo após se ter bezuntado com a tal mistela mágica, afirmou, quando acordou, ter voado uma longa distância, ter participado num "Sabat" - uma sessão de culto colectivo a Satanás - e ter mantido relações sexuais com o demónio.
O denominado unguento diabólico era composto por extratos vegetais de diversas plantas, com poderosos efeitos alucinógenos a que se acrescentava gordura animal para facilitar a aplicação e absorção.
Este produto, negro e fétido, era bezuntado no corpo da Bruxa, com especial incidência nas mãos, temporas, peitos, plantas dos pés e partes íntimas. Consoante o local do corpo onde era aplicado, assim variava o seu efeito, já que dependia do grau de absorção.
Hoje sabe-se que a vassoura as ajudava a voar, mas não no sentido tradicional que conhecemos. À época, a vassoura era considerada um simbolo do sexo feminino. A sua utilização representava a predominância da mulher sobre o homem. Das Bruxas sobre os Bruxos. O seu cabo, de aspecto fálico, era utilizado em rituais de fertilidade praticados em ambientes de extrema sexualidade, como era o "Sabat". Servia de aplicador das punções satânicas na parte mais interna da vagina , cuja mucosa é irrigada por inúmeros vasos sanguíneos. Assim, a absorção era rápida e o efeito quase imediato.
Estas mulheres, tidas como alucinadas e possuídas pelo demónio, eram sim, experientes conhecedoras das plantas e dos seus princípios activos. A sua experiência e conhecimentos eram fundamentais para atingirem os objectivos a que se propunham. A diferença entre o estado de alucinação e a morte por intoxicação, estava, tão só,  na quantidade de produto ingerida.
Figueira-do-Inferno
No século XIX, o Teólogo alemão Karl Kiesewetter decidiu repetir a experiência de della Porta, realizada três séculos antes. Para tanto, seguindo a receita descrita por antigos autores, produziu um dos unguentos mágicos e aplicou-o a si mesmo. O efeito não se fez esperar e foi exactamente o mesmo: Sono profundo agitado por visões fantásticas e alucinações.
Meimendro-Negro
Entre as plantas diabólicas utilizadas pelas bruxas, está bem representada a família das Solanácias, como é o caso da Mandrágora, do Meimendro-Negro, da Beladona e da nossa conhecida Figueira-do-Inferno ou Estramónio, pasme-se, da mesma família botânica da Batateira, da Beringela e do Tomateiro...

                             

domingo, 29 de setembro de 2013

ALTEIA - (Althaea officinalis)

A Alteia é uma planta herbácea perene, da família das Malvacias.As folhas são serradas e aveludadas. As flores são vistosas, apresentando diversas tonalidades que vão do branco ao rosa escuro.
É uma planta que, só pela sua beleza, vale a pena ter no jardim. No entanto, a sua utilização vai muito além
dos seus evidentes atributos decorativos.

UM POUCO DE HISTÓRIA: 
Esta planta tem uma longa história para nos contar. O seu uso como medicinal perde-se na distância do tempo. Oriunda das estepes asiáticas, cultivada pelos Romanos, foi muito divulgada no tempo de Carlos Magno. Desde sempre fez parte dos jardins medicinais de mosteiros e conventos.
Como planta mágica, está presente em receitas de bruxas e alquimistas. Recomendam-nos eles, para que as suas virtudes mágicas se conservem todo o ano, ela deve ser colhida antes do amanhecer. E aqui também é ténue a fronteira entra a magia e a medicina popular. Os mágicos da época recomendavam o uso desta planta no tratamento de picadas de abelhas e na cura de ferimentos, desde que se respeitassem os conselhos atrás citados.

Entre nós também fez história. Quem não conhece os célebres "Rebuçados Peitorais do Dr. Bayard"?
A sua história conta-se em poucas palavras.
Corriam os anos da II Guerra Mundial. Ventos de guerra assolavam o mundo. Portugal era porto seguro para refugiados vindos um pouco de toda a Europa. Corria o ano de 1939. Um desses refugiados, francês, de nome Bayard, médico de profissão, também sentia na pele as dificuldades desses tempos de penúria. Um dia, entrou numa mercearia da baixa lisboeta para comprar um pouco de presunto. O marçano, Alvaro Matias, de origem humilde, nascido em Vale da Mula - Almeida, muito a custo conseguiu convencer o cliente a comprar um presunto inteiro. Desse encontro furtuito nasceu uma amizade improvável entre estes dois homens, tendo o médico passado a ser cliente assíduo da mercearia. Os laços de amizade foram-se solidificando ao ponto do Dr. Bayard ensinar os rudimentos da língua francesa ao seu novo amigo Álvaro.
Como a situação financeira do clínico se ia degradando, o jovem empregado foi "ajudando" com produtos
de mercearia.
Com o fim da Guerra, Bayard e a família decidiram regressar a França. Mas antes de abalar definitivamente, presenteou o seu amigo português com o único bem de valor que ainda possuía: A receita dos Rebuçados Peitorais do Dr. Bayard"!
Álvaro Matias começou a produzir os rebuçados de forma artesanal e caseira a partir 1949. Toda a família se empenhou na sua fabricação. O negócio prosperou e passou a ser industrializado. 
A tradição manteve-se até hoje. A embalagem ainda é a original, com o mesmo logótipo e até mantém a assinatura do Dr. Bayard.  A receita continua secreta. O sucessor de Álvaro Matias foi seu filho José António. Hoje é um neto, André quem dirige a empresa. 
Os Rebuçados Peitorais do Dr. Bayard têm na sua composição Alteia e Mel!


  Regressando à nossa Alteia, direi que na medicina tradicional, as folhas e flores, em infusão, tratam problemas respiratórios. Para os mesmos males também se usa o xarope de Alteia.
As raízes cortadas e fervidas, em cataplasmas, tratam afecções de pele. 
Também a raíz fervida é usada no tratamento de doenças do aparelho digestivo e em infecções bucais  E entra na composição de pomadas para curar o eczema da pele.
Há muito que a raíz desta planta é usada na indústria da cosmética.
Estudos realizados no Japão revelam que a Alteia tem efeito branqueador da pele.
Também na alimentação se usam os rebentos frescos, em saladas. Os Romanos consideravam a raiz, de sabor adocicado, uma iguaria.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ERVA DOCE DOS AZTECAS

Nome Científico: Lippia Dulcis sinónimo de Phyla scaberrima


Esta planta pertence à mesma família da Lucia Lima (Lippia citriodora), ou da popular Lantana (Lantana camara), das Verbanacias.
É uma planta originária da região Andina, daí o seu nome popular. Localmente é conhecida pelo estranho nome de "Tsopelic Xhluitl".  Trata-se de um pequeno e discreto arbusto, de porte rastejante, vivaz, semi-prostrado, com inflorescências brancas, compactas e folhas ovais que ao serem esmagadas libertam um aroma pungente um misto de menta e cânfora.
Prefere solos ricos em matéria orgânica. Gosta de meia sombra. Ao sol pleno as suas folhas surgem com laivos avermelhados. Apesar de só exibir a sua máxima pujança quando plantada no chão, também se adapta bem a cultivo em vasos, sendo excelente para vasos suspensos.
É sensível à geada e a seca.

UTILIZAÇÕES
Como o seu próprio nome científico e popular indicam, trata-se de uma planta com características de adoçante natural. Na verdade, na composição das suas folhas encontra-se a hernandulcina, uma substância cerca de 1000 vezes mais doce que o açúcar vulgar. Não obstante isso o seu consumo não transmite qualquer caloria ao organismo humano pelo que pode ser consumida, se qualquer risco, por pessoas diabéticas.
As suas folhas são extremamente doces.
A sua utilização, contudo, não se resume ao forte poder adoçante. Em infusão, as suas folhas, são um eficaz tratamento para infecções respiratórias, asma, tosse, dores intestinais.
Um chá fresco de Erva-doce-dos-Aztecas, transmite um agradável e suave sabor a menta e canfora. 
Também pode ser utilizada para aromatizar saladas de frutos e sumos.
As folhas podem ser consumidas frescas ou congeladas.
Na indústria, tem interesse na produção de óleos essenciais.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A CANÇÃO DA PRIMAVERA NO JARDIM DO JARDINEIRO-DO-REI...

A Mãe-Natureza sorriu no meu canto alentejano. Sigam-me...

Vamos entrar no Jardim dos Aromas...
Chegámos! Uma mistura de cores e perfumes de mais de 100 Plantas Mágicas...
O lilás vibrante da Salva Farinácia entre o verde suave do Levístico,  intenso da Matricária e verde escuro da Sanguisorba, com a Erva-das-Azeitonas a espreitar...
Tupinambo ou Girassol-Batateiro.
Um outro olhar perfumado...
Hissopo.
Zimbro.
Absinto.
Salva Esclareia.
Alteia.
A Onagra a competir com as Rosas...
Uma pausa no nosso passeio pelo perfume do Jardim das Plantas Mágicas...
... debaixo da cúpula da Cachoeira do Xingu!
Sentemo-nos um pouco. Disfrutemos da Beleza e da Paz deste lugar Mágico! Este é o Jardim da Vida. A porta está sempre aberta para quem quiser encontrar a Paz. Aqui cuido de plantas e árvores. Aqui semeio Lírios, Jasmins, Salvas, Tomilhos,  Rosas e Pensamentos...

domingo, 17 de março de 2013

UMA ESTUFA DE VARANDA

É aqui onde tudo acontece. Uma espécie de Maternidade Vegetal. 
Esta estufa é feita com uma estrutura em madeira. As peças mais grossas são tutores de árvores. As mais finas, cabos de vassouras. A cobertura é em policarbonato duplo,  material acrílico transparente, alveolado, o que permite um controle muito bom tanto da temperatura como da humidade. Uma pequena estação meteorológica com termómetro e higrómetro permite-me saber a temperatura e a humidade tanto interior como exterior e assim avaliar a diferença entre o ambiente dentro e fora da estufa. Num dia em que a temperatura exterior estiver próxima dos 0º C, no interior estão cerca de 18ºC. Permite-me fazer germinar, por exemplo, sementes de frutos tropicais. 
Esta estufa permite-me germinar sementes e enraizar estacas de plantas que depois irão para a terra, em local definitivo,  no Alentejo.
As imagens...

Estacas de Rosmaninho Africano e Gilbardeira
Germinados de Hissopo Anisado

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O JARDINEIRO...


Surgiu do nada, como o manto rubro das papoilas na Primavera; nos pés sujos umas velhas sandálias de couro enegrecido. Na mão um longo e polido cajado de azinheira.
Deambulou por vielas e calçadas a perguntar se alguém estava disposto a vender-lhe um pedaço de terra. Encontrou o que queria nos arredores da aldeia. Uma velha casa, como que feita para ele morar nela, cheia de bons e maus cheiros das casas que têm história e alma. Cheia de sol nas vidraças e escuro nos recantos. Cheia de silêncios e de espantos. 
Uma casa, tosca e bela. Como que feita para ele morar nela...
E uma velha oliveira de desvairados braços de divindade indu apontando o azul do céu.

À sua volta plantou um jardim, com sulcos de vento, bordado de heras, madressilvas e jasmins. Pintado de açucenas, rosas rubras, violetas, lírios, tomilhos e pensamentos.

E sentou-se à sombra da velha oliveira centenária, oferecendo a sua beleza e o seu aconchego a todos os que o quisessem gozar. Os pássaros fizeram ninho nos seus ramos. Aos homens disse-lhes que aquele era o Jardim da Vida e que o velho portão estaria sempre aberto a quem quisesse encontrar a Paz.

E nas longas e mornas noites os elfos e duendes procuraram refúgio nas suas plantas.

E o jardineiro dedicou-se a cuidar de plantas e árvores e a semear lírios e pensamentos e memórias.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

YUCCA - A planta cerimonial

Existem cerca de quarenta espécies Yucca. Desde plantas de pequenas dimensões até exemplares de muito metros de altura. As magníficas árvores de Joshua, Yucca brevifolia ou Yucca schidigera, presentes nos desertos americanos do Nevada, Arizona e Califórnia chegam a atingir os 20 metros de altura. Há variedades com folhas pontiagudas, semelhantes a espadas, com um espinho aguçado na extremidade, capaz de causar danos terríveis na pele. É o caso da Yucca aloifalia.
As espécies com porte arbóreo, apresentam um caule cilíndrico com interior esponjoso. Exteriormente exibem cicatrizes de folhas antigas. As folhas agrupam-se em penachos nas extremidades dos ramos.
A floração da Yucca é vistosa, em magníficos cachos de um branco cremoso. Estas flores têm uma característica estranha: são polinizadas por um único insecto, a Mariposa-da-Yucca, num estranho jogo de cumplicidade insecto/flor que um dia irei abordar em pormenor.
O interesse desta planta não se restringe à beleza das suas flores ou ao seu porte majestoso. Conhecida desde tempos imemoriais - foram encontrados restos de folhas e sementes de Yucca em fezes humanas de homens das cavernas...
Os indios Navajos, da América do Norte usavam largamente esta planta. Esmagavam e ferviam a raiz de forma a que se formasse uma densa espuma que era depois utilizada para lavar roupa, na higiene pessoal e em rituais religiosos. Também os frutos eram alimento comum depois de tostados no lume. Até ás folhas jovens eram consumidas na alimentação.
Outras tribos nativas da América do Norte usavam as fibras das folhas  na fabricação de arcos e flechas, na tecelagem de tecidos, esteiras, assentos de cadeiras, fio para cozer, redes de pesca  e artigos de vestuário.

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
Também no campo da medicina a Yucca apresenta muitas propriedades.
As folhas são ricas em diversos componentes com elevado interesse, nomeadamente:
Saponinas esteróides - usadas no tratamento de de distúrbios digestivos.
Sapogeninas - para produção de estrógenos (hormonas sexuais)
Políssacarídeos - com propriedades curativas diversas.
Nos Estados Unidos, em pacientes que sofriam de artrite reumatóide e que foram sujeitos a tratamento com comprimidos de Yucca, verificou-se um alívio geral da doença sem efeitos secundários.
Os Indios Navajos curavam infecções oculares em ovelhas usando cinzas do caule da Yucca misturadas com iodo.
Um outra tribo da América do Norte - Arizona, os Walapai, esmagavam e ferviam as raízes da Yucca, produzindo uma bebida de sabor amargo com que tratavam a obstipação, a indigestão, gripe e feridas.
Associada ao Milefólio é remédio eficaz contra as varizes.

Mas não se ficam por aqui as inesperadas propriedades desta planta...
Em agricultura usam-se as saponínas extraídas das raízes para incentivar o crescimento de citrinos, morangueiros e diversas hortícolas. Também a indústria do golf usa estas propriedades para potenciar o crescimento da relva em zonas difíceis.
Na indústria, as soponinas da Yucca são usadas na depuração de píscinas de água salgada e no tratamento de águas residuais urbanas.

domingo, 20 de janeiro de 2013

LICORES JARDINEIRO DO REI - 2012

Desta vez os meus licores surgiram com nova embalagem e novo visual... Como em época de dificuldades financeiras há que ser criativo, decidi que este ano as minhas prendas de Natal seriam feitas por mim e nada melhor que um licor para aquecer a alma nestes dias de Inverno rigoroso...
Licor de Murta 2011 - o meu ex-libris.







Licor de Ginja - tinha que ser a homenagem aos boémios deste país...

Licor de Amora - outra novidade!
Contra-rótulo do Licor de Amora - Uma homenagem ao cancioneiro popular português
Contra-rótulo do Licor de Ginja - Um pouco de História...
Finalmente um conjunto com os três Licores.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PRÁTICA DE GERMINAÇÃO

Em Biologia chama-se germinação ao processo que leva ao nascimento e crescimento de uma planta a partir de um corpo em estado de vida latente, podendo esse corpo ser uma semente ou um esporo.
Este processo reprodutivo das plantas realiza-se deste sempre na Natureza. Contudo, para haver germinação é necessário que estejam criadas condições, de temperatura, de humidade do ar e do substrato, da semente ser viável. Técnicas modernas permitem que, mesmo longe do seu habitat natural, as sementes germinem.
A germinação pode ter como fim a propagação da espécie, como também ser utilizada, em fase precoce do desenvolvimento da planta, para a alimentação humana. Um exemplo de todos conhecidos são os rebentos de soja ou feijão mungo, muito vulgares nos supermercados. Muito fácil de realizar em casa, essa prática  permite conseguir-se um alimento rico em nutrientes, que pode ser consumido, preferencialmente, cru em saladas. Se preferirmos os germinados cozidos, deverá ser uma cozedura ligeira de forma a não retirar componentes nutritivos aos rebentos.
Eis a minha experiência:

Germinador



Germinados de Feijão Mungo, Alfafa e Feno Grego


Sementes de Agricultura Biológica

Rebentos de Feijão Mungo e as respectivas sementes