segunda-feira, 6 de junho de 2011

JARDIM INTERIOR - O ÉDEN PERDIDO...

O Jardim do Éden, o paraíso perdido do nosso imaginário ancestral, alguma vez existiu? Esta é uma duvida e uma pergunta intemporal, que tantas vezes se formula. Ou será apenas o desejo do ser humano de transportar para dentro de si a paz e a magia que vislumbra  no desabrochar de uma flor? Talvez o desejo e a  necessidade de nos voltarmos a integrar no seio da nossa Mãe Natureza e assim reassumirmos o nosso papel de actores no  grande Teatro da Criação, deixando sempre a Ela o papel de "ponto"... ou, quem sabe? reassumir a nossa esquecida sabedoria interior.
Quantas vezes ansiamos por largar tudo, correr para a uma praia, para o campo, ou simplesmente descalçarmo-nos e chapinharmos num charco? Sentindo a energia primordial fluir da terra... sentirmo-nos donos de tudo... mar, terra, o longe e a distância, sem precisar ter posse de nada!
A verdade... sentimos saudade de nós próprios, de algo que não conseguimos identificar e concretizar.  Desse Jardim do Éden que afinal existe dentro de cada um de nós mas que, estranhamente,  estiolamos. Da busca desesperada de paz, de regresso à origem, de encontrar o caminho...
Nós somos terra... e em terra nos havemos de tornar. É o principio do retorno. O chamamento da terra!
O Jardim do Éden é um legado ancestral, que foi depositado pela Mãe Natureza na alma de cada homem. Lá está, gravado de forma indelével. Ele é o caminho. Simultaneamente partida e chegada.
De cada vez que olhamos a vida que reflui à nossa volta com os olhos da alma... estamos a caminhar ao encontro do nosso Jardim do Éden... do nosso Jardim Interior 


6 comentários:

Anónimo disse...

Todos nós temos um Jardim Interior, mas por vezes não o deixamos florir, porque ele necessita de cuidados, como uma criança precisa de nome!
O nosso corpo é uma gaiola e a alma uma ave, um dia chega a hora e alguem nos diz voa...
Por isso faz com que as tuas fantasias e sonhos sejam um raio de luar do pensamento e a amizade e o amor um afago que ilumina o entardecer da vida.
Vive os dias da tua vida, que são apenas momentos fugazes e recolhe-te no teu Paraíso Mistico...
Porque és Luz na escuridão
Afago na distância
E Palavras no silêncio...

"TF"

Espaço do João disse...

Meu caro.
Grato pela visita ao meu espaço.
Como já deve saber, tenho andado arredado desta máquina,por motivos de saúde, mas dentro em breve estarei em pleno.
Visitando seu espaço, deparo-me com um grande amigo do ambiente.
Eu também faço a vermi-compostagem. Tudo que possa ser destruído pelas minhocas, vai lá parar. Inclusivamente até papel de cozinha e guardanapos.
Minhas flores, agradecem. No entanto é preciso saber lidar com a compostagem, pois se não se tiver os devidos cuidados adeus plantas nobres.
Depois de peneirar a terra e,retirar as minhocas convém juntar-lhe um pouco de cal, cinza e, um pouco de insecticida.Claro que o adubo terá de estar completamente seco.
Será que estou a proceder bem?
Agradeço melhor informação.
Um abraço
João

Espaço do João disse...

Respondendo à questão da vermi- compostagem.
Como todos sabemos, as minhocas propagam-se por ovos. Para que quando se dá a eclosão dos mesmos, não há alimento para as minhocas, então elas vão atacar as raízes das plantas. Para que isso não aconteça, passados uns dias após aplicar o substrato da compostagem, aconselha-se a fazer uma rega com um produto químico( eu costumo usar o ( Decis), passo a publicidade, a fim de matar as minhocas dos vasos . Já me aconteceu perder várias orquídeas causadas pela devoração das raízes
pelas minhocas que nasceram dos ovos.
Na agricultura, não aplico o insecticida, deixo secar pura e simplesmente o substrato.

Lília Mata disse...

Retribuindo a agradável visita ao meu "alma de jardineira". Volte sempre :)

Anónimo disse...

Que texto lindo !Encanta me a sua escrita , lava nos a alma ! Bem haja Joao

Majo disse...

Uma lindíssima prosa poética.
Tens de publicar uns livros, João Carlos!
Um de contos e outro sobre jardins.

Sabes que o Paulo Coelho, escreve muito mal e é o escritor que mais vende? As editoras é que lhe corrigem os erros.

Mas há muita gente especializada que faz a revisão do texto.

Não deixes de reservar um tempinho para escrever, todos os dias.