domingo, 20 de fevereiro de 2011

UM BEIJO SEM NOME...



Quando te disse

Que era da terra selvagem
Do vento azul
E das praias morenas...

Do arco iris das mil cores
Do sol com fruta madura

E das madrugadas serenas...

Das cubatas e musseques
Das palmeiras com dendém
Das picadas com poeira

Da mandioca e fuba também...
Das mangas e fruta pinha

Do vermelho do café
Dos maboques e tamarindos
Dos cocos, do ai u'ééé...

Das peças no chão estendidas

Com missangas de mil cores

Os panos do Congo e os kimonos
Os aromas, os odores...

Dos chinelos no chão quente
Do andar descontraído

Da cerveja ao fim da tarde
Com o sol adormecido...
Dos merengues e do batuque
Dos muquixes e dos mupungos

Dos imbondeiros e das gajajas
Da mancanha e dos maiungos.

Da cana doce e do mamão
Da papaia e do caju...

Tu sorriste e sussurraste
Sou da mesma terra que tu!!!

       (do livro "Vozes ao Vento" )

4 comentários:

Anónimo disse...

Li e reli e olhei a cor de fogo do Pôr-do-Sol africano...
Apenas me apetece dizer, que pena eu não ser da mesma terra que tu!!!!
Africa Minha....:)))))

Alda Couto disse...

:):):) Gostei tanto :):)

Anónimo disse...

Africa, uma Alquimia perfeita!
Adorei ler.

Um beijito e um sorriso

Alquimia

Majo disse...

Senti intensa saudade da magia da minha infància e juventude.

QUENTE, COLORIDA, ALEGRE E VIBRANTE ÁFRICA!

Uma flora diferente em poesia...

ÓTIMA IDEIA!